Nova penitenciária esvazia cadeias de toda região

A questão da superlotação nas cadeias femininas na região de Bauru só será equacionada com a construção de um presídio feminino, no entendimento do governo estadual. Para o delegado-assistente Antonio Luís Sampaio de Almeida Prado, coordenador de Assuntos Prisionais do Deinter-4 em Bauru, se a penitenciária feminina na região, com oferecimento de 500 vagas, for inaugurada até o final do próximo ano, a superlotação será superada. “Dá para fechar todas as cadeias femininas, não só de Bauru, mas de Marília, Vera Cruz e Pompéia”, afirma Prado. O projeto de construção de penitenciária em Pirajuí ganha forma pela Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), e em abril deste ano foi publicado um decreto no Diário Oficial do Estado de São Paulo (DOE) definindo uma área em Pirajuí com de utilidade pública, para desapropriação e instalação de um presídio feminino no município. O terreno localiza-se próximo à estrada vicinal Pirajuí-distrito de Estiva, distante um quilômetro da rodovia Marechal Rondon (SP-300). No mês de maio último, a área foi vistoriada por técnicos que avaliaram questões de solo. No entanto, medidas judiciais pretendem impedir a construção de presídios na Comarca de Pirajuí. A superlotação das carceragens femininas é um problema recorrente. Na área da Delegacia Seccional de Lins, a Cadeia Feminina de Cafelândia oferece 24 vagas, porém abrigava ontem 33 presas; Na Seccional de Bauru, Avaí tem espaço para 48, está com 75 detidas; Pirajuí comporta 36, mas o espaço é dividido por 41 mulheres. A exceção ao problema da superlotação são as cadeias da Seccional de Jaú. Bariri tem capacidade para 24 presas, mas ontem 23 dividiam as celas. Dois Córregos tem espaço para 30 mulheres e possui 33. Os dados atualizados da população carcerária feminina na região foram obtidos ontem junto ao Deinter-4.

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